Expansão de fibra e 5G são fundamentais para digitalização do país, diz executivo da Vivo

Marca foi líder como operadora de banda larga de internet e operadora de telefone celular no Top of Mind 2019

São Paulo

Duas frentes têm guiado os investimentos da Vivo, maior operadora de telecomunicações no país: expansão da rede de fibra ótica e infraestrutura para a chegada do 5G.

A primeira, tecnologia mais moderna de conexão à internet, deve ampliar o acesso de brasileiros à rede. A segunda, de altíssima velocidade, mudará a forma que interagimos com o mundo.

“A expansão da fibra é fundamental para a digitalização do nosso país”, explica Marcio Fabbris, vice-presidente de B2C (business to consumer, ou empresa para consumidor) da Vivo. “Investimos nos últimos anos para construir a maior rede urbana de fibra ótica no Brasil, o que será um dos grandes diferenciais da futura rede 5G da empresa."

A marca foi a mais lembrada pelos brasileiros na edição 2019 da Folha Top of Mind nas categorias Operadora de Telefone Celular e Operadora de Banda Larga de Internet, e acumula 20 prêmios ao longo dos 30 anos da pesquisa nacional do Datafolha.

Marcio Fabbris, vice-presidente de B2C da Vivo
Marcio Fabbris, vice-presidente de B2C da Vivo - Divulgação

Atualmente, a Vivo atende a 216 cidades com fibra, somando 2,8 milhões de acessos. “Temos potencial para chegar a 13 milhões de domicílios e queremos chegar a 14 milhões em mais um ano”, diz Fabbris.

Com a pandemia do novo coronavírus, que levou a população a adaptar o trabalho e estudos em casa, o acesso à internet —e de qualidade— tornou-se ainda mais essencial. Principalmente em regiões onde não há cobertura de banda larga, como em cidades afastadas de grandes centros e áreas rurais.

Para o executivo da Vivo, outra mudança na forma que a população vai consumir tecnologia nos próximos anos está na implantação da telefonia da quinta geração, o 5G, cuja capacidade de transmissão de dados é muito maior do que a velocidade do 4G.

Muito além de assistir a vídeos sem travar, a internet móvel de alta velocidade possibilita novas experiências imersivas, como realidade virtual e realidade aumentada. Uma conexão mais estável também vai facilitar o controle remoto de carros autônomos e robôs industriais, além de abrir caminho para cidades inteligentes e Internet das Coisas.

O leilão das frequências 5G, porém, só deve ocorrer no próximo ano, de acordo com a Anatel.

Disputando espaço no segmento de streaming, a Vivo também tem investido nos seus serviços de TV por assinatura e de vídeos sob demanda, o Vivo Play, por meio de parcerias com empresas de entretenimento. “O conteúdo de vídeo é uma das principais demandas que recebemos dos consumidores", diz Fabris.

Além dos canais pagos, assinantes da operadora têm acesso à Netflix e, mais recentemente, ao YouTube e Amazon Prime Video, que integraram o catálogo da plataforma Vivo Play. Os conteúdos podem ser acessados pela TV, smartphone, computador ou tablet.

Em julho, a operadora lançou o Vivo Selfie, portfólio de planos pré-pagos que oferecem benefícios de aplicativos como Netflix, Spotify, Premiere e Rappi. “Estamos posicionando a Vivo como um ‘hub’ de serviços digitais", conclui Fabris.

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A Vivo foi a mais lembrada na categoria Operadora de Telefone Celular na Folha Top of Mind 2019 pela 13ª vez. Quais são os fatores que levaram a empresa a ocupar esse papel de liderança? Nós trabalhamos continuamente para levar a digitalização a todo o Brasil por meio dos nossos serviços, conectando e aproximando cada vez mais as pessoas de tudo que importa para elas. Queremos levar a conexão, seja ela móvel, seja fixa, onde quer que estejam.

Fechamos 2019 com praticamente 90% da população coberta com 4G ou 4.5G. E, neste ano, já anunciamos o 5G DSS, o compartilhamento dinâmico de espectro. Trabalhamos para estar presentes e atender às necessidades de conexão e tecnologia, refletindo as demandas de uma vida cada vez mais digital. Além disso, a qualidade de entrega dos nossos serviços é um dos atributos mais importantes de marca, e somos fortemente reconhecidos por isso.

Dado o cenário atual, percebemos também como o nosso propósito “Digitalizar para Aproximar” se torna cada vez mais relevante. Ele traduz nossa crença e esforço contínuo de promover a digitalização para aproximar as pessoas de tudo que importa em suas vidas.

A Vivo é uma marca que tem em sua essência as conexões humanas, e por isso é inclusiva e vê na diversidade de pessoas, comportamentos e pontos de vista um diferencial de inovação. Por isso, incentivamos um olhar cada vez mais humano para a tecnologia, e isso é traduzido em nossa comunicação através de narrativas contemporâneas e envolventes que dialogam com as diferentes realidades e geram identificação com os mais diversos públicos.

A Vivo também foi sete vezes campeã no segmento Operadora de Banda Larga de Internet, com índices crescentes na pesquisa Datafolha. Diante desses resultados, quais são as próximas estratégias para continuar Top of Mind? Temos um foco muito grande no serviço de fibra, que é a tecnologia do futuro, e seguimos investindo para levar a melhor conexão até a casa das pessoas e empresas —investimos R$ 400 bilhões nos últimos 20 anos.

No final do ano passado adotamos ainda um novo modelo de negócio para ampliar nossa capilaridade: o projeto de franchising da Vivo Fibra (Terra Fibra). Como franqueadora, oferecemos todo o conhecimento técnico na implementação de uma rede fibra, e experiência na comercialização. O franqueado passa a utilizar toda a nossa capacidade técnica bem como a força da marca Vivo Fibra. Esse projeto foca em cidades pequenas, de 20 mil a 50 mil habitantes, e municípios ou bairros periféricos de grandes centros urbanos.

Em outra pesquisa recente do Datafolha, sobre lembrança de marcas na pandemia, a Vivo foi a mais citada entre as operadoras de internet banda larga. Como a empresa está lidando com esse momento? Nos últimos meses, durante a quarentena, as pessoas descobriram novas maneiras de trabalhar, estudar e se divertir dentro de casa. E o nosso propósito “Digitalizar para Aproximar” se tornou mais relevante do que nunca. A conexão e a tecnologia se mostraram essenciais nesse período para que as pessoas pudessem ter tranquilidade para trabalhar em casa, ter informação segura e confiável e ter entretenimento disponível.

Com as nossas lojas fechadas buscamos formas para conseguir atender as demandas dos clientes da maneira mais segura possível. Ampliamos a oferta de serviços e produtos por meio de canais digitais e venda via drive-thru em shoppings. Além disso, os clientes puderam contar com a loja online e portal da Vivo para atendê-los com a mesma qualidade e segurança dos atendimentos presenciais.

Incentivamos ainda mais o uso dos canais digitais para entrar em contato conosco e muitas estratégias foram redirecionadas para garantir segurança e qualidade em todas as formas de atendimento. Os apps Meu Vivo Móvel e Meu Vivo Fixo tiveram crescimento no número de acessos e processos facilitados nesse período para tornar a experiência nesses canais ainda melhor.

No âmbito social, quais foram as ações tomadas pela companhia para ajudar no combate à Covid-19? Doamos, por meio da Fundação Telefônica Vivo, cerca de R$ 38 milhões para hospitais públicos de 12 estados brasileiros, contribuindo para a compra de insumos e equipamentos para as UTIs e para a alimentação de 60 mil famílias em situação de extrema pobreza.

Além disso, reforçamos o conteúdo de formação continuada de educadores e alunos, com cursos gratuitos durante o período de fechamento das escolas públicas no país. As plataformas online disponibilizam conteúdo para professores, pais e alunos complementarem a rotina de estudos em casa. Compramos ainda 200 respiradores importados da China, em parceria com o Santander.

Quais soluções a companhia ofereceu aos seus consumidores para auxiliá-los a lidar com a pandemia? Pensamos em maneiras que poderíamos ajudar toda a cadeia neste momento tão crítico. Para os consumidores, oferecemos bônus de internet de celular, degustação gratuita de apps e abrimos —e mantemos abertos— canais no Vivo Play. Clientes inadimplentes puderam contar com o parcelamento da conta em até dez vezes sem juros.

Atuamos como um parceiro estratégico para as empresas que estão digitalizando seus negócios e as jornadas dos clientes, com uma oferta completa de serviços. Além disso, não descontamos da franquia de dados o uso de ferramentas de colaboração, como Teams e Webex.

E, para ajudar pequenas e médias empresas, expandimos a nossa plataforma de relacionamento, o Vivo Valoriza. Com essa abertura, ampliamos a rede de relacionamento e alavancamos os negócios dos pequenos e médios empreendedores com os mais de 28 milhões de clientes cadastrados na plataforma.

Em outra ação, antecipamos cerca de R$ 2 bilhões para nossos fornecedores e parceiros. Foram contemplados cerca de 800 fornecedores com vencimento de pagamento programado até o fim do mês de setembro e que atuam em segmentos críticos e com maior necessidade de liquidez.

O que a Vivo prevê para o Brasil nos próximos meses? Houve uma aceleração muito grande da transformação digital, em que a Vivo foi fundamental para garantir que as pessoas e empresas pudessem realizar tudo da melhor forma digitalmente, mas isso também reforçou o valor das relações presenciais e da acessibilidade.

Por isso, estamos considerando todos os aprendizados que tivemos nessa fase, para trazer serviços e soluções que atendam e facilitem as novas necessidades que estamos acompanhando. Há dois caminhos paralelos para percorrermos nos próximos meses e anos. O primeiro é avançar na infraestrutura que possibilita a digitalização, levando acesso a quem ainda não tem —um trabalho na base e de longo prazo. O segundo é atuar como um hub de tecnologia, estabelecendo parcerias estratégicas, com foco em inovação.

Há planos para ampliar o acesso da população à internet, especialmente entre as classes econômicas mais baixas? Nós investimos para atender o Brasil, seja em áreas periféricas, seja em áreas centrais, urbanas ou seja em rurais. No ano passado, foram R$ 9 bilhões para oferecer aos nossos milhões de clientes uma infraestrutura com as melhores tecnologias de conexão móvel, com 4G, 4,5G —e, recentemente, 5G DSS— e fixa, com a fibra. Além disso, somos uma operadora que oferece soluções acessíveis à maior parte da população, partindo de ofertas de R$ 14,99 por 15 dias, ou seja, menos de R$ 1 por dia.

O que pode mudar com a chegada do 5G no país? O 5G em sua máxima potência poderá entregar altíssimas velocidades de internet, latência ultrabaixa, maior confiabilidade e disponibilidade, além da capacidade para conectar um número significativo de aparelhos em massa.

A principal diferença da internet 5G é o menor tempo de resposta para transferir um pacote de dados na rede. Ele permite uma taxa de transmissão centenas de vezes maior do que a atual, com picos de até 20 Gbps e uma latência (teórica) de até 1 milissegundo —atualmente, com o 4G, a latência está perto de 80 milissegundos.

De forma geral, acredito que 5G traga benefícios em três campos principais: internet móvel de alta qualidade que possibilita novas experiências mais imersivas como realidade virtual e realidade aumentada; comunicações de missão crítica que demandam uma conexão ultra estável, ultra confiável e de baixa latência como, por exemplo, o controle remoto de infraestruturas críticas em fábricas, carros autônomos e robôs industriais; e a internet das coisas que possibilita a conexão massiva de sensores permitindo a criação de novas aplicações em um grande número de indústrias, como o agronegócio, cidades inteligentes, automação industrial de alta precisão e várias outras aplicações.

Enquanto isso, as operadoras no Brasil lançaram em suas redes capacidades da quinta geração com as frequências existentes, baseadas em uma tecnologia chamada DSS. A partir dessa tecnologia é possível compartilhar, de forma dinâmica, o espectro 3G e 4G não utilizado para prestar o serviço 5G.

Mas, como esse espectro não possui uma banda contínua e dedicada, a experiência do 5G ainda não poderá ser sentida em sua totalidade. Nós lançamos em julho essa funcionalidade para algumas regiões de oito cidades brasileiras, entre elas, avenida Paulista e Vila Olímpia, em São Paulo, e Eixo Monumental e Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Em relação às campanhas publicitárias, a Vivo tem apostado em parcerias com serviços de entretenimento. Quais são as próximas estratégias de marketing? Nosso objetivo é sempre oferecer serviços que vão além de dados e voz e reforçar o posicionamento como hub de conteúdo de qualidade e variedade. Nossas comunicações acompanham essa estratégia. Observamos, por meio de pesquisas e estudos, quais são as tendências de consumo e comportamento do mercado para criarmos a estratégia mais eficaz para as campanhas.

Para anunciar o nosso novo produto, o Vivo Selfie, desenvolvemos uma campanha com o conceito “O Plano que é sua cara”, uma vez que o cliente pode escolher o plano que mais se adapta aos seus interesses. Os filmes exploram de forma ficcional o processo de co-criação entre executivos da Vivo e demais marcas, para chegarem nas melhores condições dos planos, sempre com situações bem-humoradas e divertidas.

A marca tem ações voltadas à área de sustentabilidade? Lançamos a campanha Recicle com a Vivo, que faz parte deste pilar e incentivamos as pessoas a descartarem seu lixo eletrônico de forma segura em nossas lojas por todo Brasil. Para se ter uma ideia, o Brasil foi o quinto país que mais produziu lixo eletrônico em 2019, ficando atrás apenas de China, Estados Unidos, Índia e Japão, segundo o relatório The Global E-waste Monitor 2020, da ONU.

Na sua avaliação, o que é necessário para que uma marca continue na memória dos brasileiros, ou seja, Top of Mind? Acredito ser fundamental que a marca entregue, de forma consistente, qualidade em seus serviços e uma boa experiência de atendimento aos clientes, antecipando-se às suas necessidades. Além disso, somos uma marca diversa e inclusiva, conectada a temas contemporâneos e relevantes aos clientes e para a sociedade, o que contribui para gerar vínculos emocionais e maior identificação.

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