Em alta na pandemia, Mercado Livre diz que ser Top of Mind fortalece relação com os brasileiros

Fundado na Argentina, o maior site de compras da América Latina acumula quatro vitórias na pesquisa Datafolha

São Paulo

A cada segundo, 16 vendas são feitas no site do Mercado Livre. Com o impulsionamento do comércio eletrônico provocado pela pandemia de Covid-19, o maior site de compras da América Latina viu o número de vendas crescer ainda mais.

Desde o início da pandemia, em março, o número de novos compradores cadastrados no marketplace saltou de 500 mil por mês para 1,3 milhão. Ao todo, o site contabiliza 280 milhões de usuários. Isolados em casa, os brasileiros passaram a fazer mais compras online.

Cresceu também o número de novos vendedores na plataforma no Brasil, principal mercado da empresa argentina de comércio eletrônico, que representa 53% da receita da companhia. Com o aumento das vendas, teve lucro líquido de US$ 55,9 milhões (aproximadamente R$ 315,6 milhões) no primeiro trimestre do ano.

Os números que atestam o crescimento do Mercado livre vêm acompanhados do reconhecimento da marca pelos brasileiros nos últimos anos na Folha Top of Mind, maior pesquisa de lembrança de marcas da América Latina.

Na pesquisa Datafolha, feita em todo o país, Mercado Livre lidera a categoria site de compras desde a primeira edição, em 2017, quando foi citada por 17% dos entrevistados. Em dois anos, esse número pulou para 27%, um aumento de 10 pontos percentuais.

“Um reconhecimento como a Folha Top of Mind reforça nossa liderança no setor e nossa consolidação como motor da recuperação econômica para milhares de pequenos negócios”, afirma Fernando Yunes, líder do Mercado Livre no Brasil.

Segundo dados do Top of Mind 2019, o estrato mais jovem da população respondeu pelo melhor desempenho da marca: atingiu 42% das citações. Entre os que tem 25 a 34 anos, a parcela foi de 40%. E em 2018, quando obteve 23% das menções, levou o Top Performance, prêmio especial dado à marca que mais cresceu em relação ao levantamento anterior.

Em outro levantamento recente do Datafolha, sobre lembrança de marcas na quarentena, Mercado Livre foi a mais citada (30%) pelos paulistanos quando o assunto é vendas pela internet.

A pandemia levou o marketplace a antecipar o lançamento da sua seção de supermercado, em abril, segmento que passou a ser prioridade da companhia. Em 2019, a categoria era a nona em pedidos no site, e subiu para a sexta posição neste ano —os setores de bebidas e alimentos cresceram 90% nos últimos dois meses.

“Com isso, a empresa se consolida como um ecommerce cada vez mais completo, no qual é possível comprar de tudo, de maneira fácil e acessível”, comenta Yunes.

Fernando Yunes, vice-presidente sênior das operações do Mercado Livre no Brasil
Fernando Yunes, líder do Mercado Livre no Brasil - Sérgio Zacchi/Divulgação

Observando quais foram as preferências de buscas no site durante a quarentena, é possível acompanhar as mudanças de comportamentos da população nesse período. Cresceram as pesquisas nas categorias de saúde (300%), bens de consumo não duráveis (164%), casa e decoração (84%), entretenimento e fitness (61%) e computação (55%), de acordo com dados de abril da plataforma.

"Acreditamos que temos espaço para crescer para além dos 6% que o ecommerce representava do total das compras no varejo da América Latina antes da pandemia", afirma Yunes. "O varejo físico voltará a acontecer, mas o online não irá regredir.

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O Mercado Livre venceu em 2019, pelo terceiro ano consecutivo, a categoria Site de Compras na Folha Top of Mind. Qual o peso de ser Top of Mind? Um reconhecimento como a Folha Top of Mind reforça nossa liderança no setor e nossa consolidação como motor da recuperação econômica para centenas de milhares de pequenos negócios. Como uma empresa digital, data driven por natureza, os resultados nos auxiliarão a seguir sendo certeiros em nossas campanhas e em nosso objetivo de fomentar o acesso ao comércio e ao dinheiro no Brasil.

Na sua avaliação, quais são os principais fatores que levaram a companhia a ocupar esse papel de liderança? Somos uma empresa que nasceu digital e com o consumidor e suas experiências de compra e venda como o ponto central do nosso negócio. Ao longo desses 21 anos, desenvolvemos e aprimoramos produtos e serviços e nos tornamos a maior plataforma de ecommerce e serviços financeiros da América Latina.

Todos os dias, analisamos as múltiplas possibilidades dentro do nosso ecossistema, que funcionam em sinergia de forma a oferecer cada vez mais a melhor experiência aos usuários. Além da plataforma de ecommerce e a de serviços financeiros, temos nossos serviços logísticos via Mercado Envios, bem como a unidade Marketplace VIS, que engloba a comercialização de veículos, imóveis e serviços.

Além disso, temos o Mercado Livre Publicidade, que faz da plataforma um canal excepcional de mídia, e o Mercado Shops, plataforma para criação de lojas online tanto para dentro quanto para fora do ecossistema Meli.

Um bom exemplo do uso desses serviços é o ciclo do nosso pequeno empreendedor. Ele usa a plataforma Mercado Livre para vender, além dos serviços de logística do Mercado Envios, recebe o dinheiro das suas vendas na conta do Mercado Pago e, a partir dela, faz a compra de mercadorias ou pode ainda tomar crédito para ampliar os negócios.

Esse conjunto de produtos e serviços foi colocado à prova durante a pandemia e se saiu muito bem: continuamos operando, abastecendo as pessoas em suas casas, apoiando os empreendedores e podendo levar nosso propósito adiante, que é o de contribuir para a democratização do comércio e do dinheiro. E reforçando nossa posição como um dos motores da retomada da economia pós-Covid.

Como a companhia está lidando com este momento de pandemia? Diante do cenário desafiador, o Mercado Livre foi muito rápido em tomar iniciativas internas e externas no enfrentamento da pandemia para deixar nossos funcionários em segurança, mantendo a operação funcionando, as pessoas sendo abastecidas em segurança em suas casas, e os empreendedores trabalhando e gerando renda para suas famílias e funcionários.

A primeira atitude foi garantir a segurança das nossas equipes. Em poucos dias após o início da pandemia, aproximadamente 90% dos nossos colaboradores na América Latina passaram a trabalhar de casa —e permanecem até hoje. E para as equipes que seguem em nossos centros logísticos, foram reforçadas ao máximo as medidas de prevenção.

E na área social, quais foram algumas das ações tomadas? Iniciamos campanhas para apoiar a sociedade e os empreendedores. Desde então, o Mercado Livre já investiu R$ 20 milhões em medidas que visam apoiar o pequeno vendedor em nossa plataforma e, ainda, facilitar o consumo de bens essenciais durante a quarentena.

Além disso, arrecadamos R$ 2,5 milhões, somando as doações da empresa e o movimento de apoio para angariar recursos na América Latina, via Mercado Livre e Mercado Pago, para entidades como Cruz Vermelha e o Banco de Alimentos.

Entre março e abril, a empresa isentou 100% da comissão de venda sobre produtos de primeira necessidade. Também foram eliminadas a cobrança de juros e mora de parcelas de capital de giro com vencimento no último mês de março.

O Mercado Livre lançou ainda uma campanha para atrair novos vendedores, com descontos nas comissões para novos entrantes no marketplace e no Mercado Shops. Como resultado, tivemos 71 mil novos vendedores no Brasil e o Mercado Shops cresceu 250%. Por conta disso, lançamos uma nova onda de descontos, com o intuito de sempre apoiar comerciantes e varejistas, principalmente os pequenos e médios, em busca de novas formas e ferramentas para beneficiar esse público.

Para levar ainda mais liquidez e apoiar a comunidade empreendedora, o Mercado Pago está concedendo linhas de capital de giro no valor de R$ 600 milhões, destinadas aos pequenos vendedores nesse período de crise e de restrição de crédito no sistema financeiro tradicional.

Acreditamos que o Mercado Livre tem a oportunidade de emergir dessa situação mais forte e com um senso de propósito ainda maior. Nossos 12 mil colaboradores, principalmente nossos líderes, terão papel-chave para fazer com que este avanço seja sustentável e permaneça após a superação da pandemia.

Quais mudanças o Mercado Livre implantou em sua rede logística para lidar com a alta demanda das vendas durante a pandemia? Quais são os investimentos da companhia nessa área no país? Acreditamos sempre em investir para melhorar a experiência do consumidor. Neste ano, o Mercado Livre manteve o plano de investir cerca de R$ 4 bilhões no Brasil. Uma fatia substancial deste investimento deve seguir para a operação e malha logística da empresa, ponto focal e decisivo para a manutenção da excelência do atendimento e satisfação do consumidor final.

Esses investimentos vão desde a instalação de novos centros de distribuição e cross-dockings, até o desenvolvimento de novas ferramentas com o objetivo de reduzir o tempo e o custo de entrega do marketplace.

De março até agora, o Mercado Livre agregou 6.270 colaboradores terceirizados em suas operações logísticas no Brasil. Esse aumento foi impulsionado pela alta demanda pelo ecommerce em decorrência da pandemia e também como consequência dos investimentos em logística realizados pela empresa nos últimos dois anos no país.

No fim de agosto, o Mercado Livre contratou 60 carretas para ajudar nas entregas de encomendas, à medida em que busca meios para dar vazão ao aumento expressivo das operações devido à pandemia e depender menos de terceiros. Até o fim do ano, a empresa deve operar com cerca de 150 dessas carretas.

Além disso, inauguramos recentemente um centro de distribuição em Lauro de Freitas, na Bahia, o terceiro da empresa no país (os outros dois centros estão localizados em Louveira e em Cajamar, no estado de São Paulo). Com 100% de operação própria e pioneiro em termos de inovação e sustentabilidade, o novo centro de distribuição contribuirá para melhorar ainda mais a experiência do consumidor da região, trazendo também benefícios para o empreendedorismo local e a comunidade do entorno.

Por fim, o Mercado Livre continua estudando as possibilidades de localização para seu centro distribuição no Sul, bem como potenciais parceiros para atuar na região.

Quais fatores contribuíram para garantir o crescimento do Mercado Livre nesse momento de crise? Acredito que devemos esse crescimento a um conjunto de coisas. Em primeiro lugar, ao ecossistema robusto de serviços que construímos ao longo desses anos, que foi colocado à prova na pandemia e mostrou que estávamos no caminho certo. Não tivemos interrupção nas entregas das encomendas e nem falta de estabilidade em nossos serviços financeiros, por exemplo.

Além disso, tendo o consumidor no centro desse ecossistema, fomos muito atentos em perceber as novas necessidades dos nossos usuários surgidas durante a pandemia e fomos ágeis em dar respostas a elas. Criamos campanhas para incentivar a entrada de novos vendedores no marketplace, disponibilizamos crédito aos empreendedores, lançamos a seção de supermercado, diminuímos a nota de corte para o frete grátis —agora, disponível para compras acima de R$ 99 para todo o país.

O isolamento social imposto pela pandemia impulsionou as vendas online. Qual avaliação o senhor faz do cenário do comércio eletrônico no pós-pandemia? Acreditamos que vamos superar este período de crise sanitária mais maduros e conscientes sobre os benefícios de comprar online, sob diversos pontos de vista: da oferta e sortimento à segurança e comodidade. Esperamos que esses novos entrantes no marketplace, seja para comprar, seja para vender, tenham experiências satisfatórias para continuarem usufruindo da tecnologia após a superação da pandemia.

Apesar do crescimento do ecommerce, por outro lado, na sua avaliação, quais foram os pontos negativos impostos ao setor pela pandemia? Assim como os demais setores, no Mercado Livre tivemos que superar uma série de desafios impostos pela pandemia com iniciativas de prevenção, consumo responsável e solidariedade.

Acreditamos que esse deve ser o papel das grandes empresas que atuam no país, o de reforçar a comunicação sobre os cuidados necessários para evitar o contágio e o de oferecer serviços que facilitem a vida da população nesse cenário.

Durante a quarentena, a companhia criou uma nova versão de sua logo, substituindo o símbolo de duas mãos se cumprimentando por um toque de cotovelos. Qual foi a receptividade dessa ação pelo público? Ainda em março, lançamos a campanha regional “Juntos. De Mãos Dadas, ou Não. Para Dias Melhores Chegarem o Quanto Antes”, que também inclui a parceria do Mercado Livre com a Cruz Vermelha para uma campanha de doações.

A campanha reforça uma série de iniciativas de prevenção ao coronavírus, solidariedade e responsabilidade social, que estão sendo conduzidas pelo Mercado Livre e pelo Mercado Pago para apoiar seus usuários, colaboradores e a sociedade de modo geral nesse cenário. A receptividade do público foi super positiva, entendemos que a campanha foi certeira, principalmente por ser empática e estar alinhada com nossos princípios.

Quais são os próximos passos da marca para continuar Top of Mind? Seguiremos na liderança do ecommerce na América Latina com nossa missão de democratizar o acesso ao varejo e ao dinheiro, atuando junto e em prol da sociedade.

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