Samsung, Sky e Vivo seguem líderes de lembrança no Top Comunicação

Marca sul-coreana conquista mais dois troféus e a operadora alcança vitória dupla na pesquisa Datafolha

Paula Soprana Fernanda Bottoni
São Paulo

As vendas na indústria de eletroeletrônicos saltaram em 2020, com a corrida inicial pela reposição de máquinas antigas em casa e por computadores para toda a família, e começaram a retornar aos padrões sazonais neste ano.

No entanto, a reanimação dos notebooks e tablets na vida cotidiana dos brasileiros é tida como uma nova fronteira a ser explorada por empresas como Samsung, Apple e Lenovo, que vão concentrar esforços para manter esse segmento aquecido nos próximos anos.

"O notebook é, cada vez mais, um produto que pode ser colocado em uma bolsa ou mochila sem o usuário sequer perceber que o carrega, além de sua capacidade de adaptação a diversos ambientes", observa Antonio Quintas, vice-presidente da divisão de dispositivos móveis da Samsung Brasil.

A marca venceu pela segunda vez a categoria Computador e Notebook da Folha Top of Mind, que estreou no ano passado na pesquisa nacional do Instituto Datafolha. Com 28% de lembrança espontânea, cresceu seis pontos percentuais em relação à edição 2020 e levou também o prêmio especial Top Performance.

"Atualmente, oferecemos opções de notebooks para estudantes, executivos, gamers e até produtos mais versáteis, cada vez mais fundamentais em momentos de readequação de rotina como o atual", diz Antonio Quintas.

Ele destaca lançamentos como o Galaxy Book Pro 360, que vai além de um notebook convencional. O aparelho vem com uma caneta, que permite mais precisão para profissionais das áreas de design e criação, e alterna para o modo tablet, que pode ser acionado para assistir a filmes e séries.

Além de novidades tecnológicas, a Samsung aposta em uma estratégia agressiva em pontos de venda físicos e canais digitais e tem reforçado a comunicação sobre sua marca, segundo Claudio Oliveira, coordenador do Núcleo de Transformação Digital da ESPM.

"Nossas pesquisas indicam que variáveis de mídias digitais como seguidores e visualizações possuem alta correlação com empresas do setor de eletrônicos", conta ele. "A Samsung realiza um trabalho eficiente de comunicação nessas mídias, publicando conteúdos que engajam seu consumidor", acrescenta o coordenador.

As melhores performances da vencedora acontecem entre os mais jovens (38%), os moradores da região Norte (36%), os do Centro-Oeste (35%) e os que estudaram até o ensino médio (34%).

Smartphone e Tablet

Com o mercado de dispositivos móveis superaquecido, a empresa sul-coreana conquistou também a categoria de smartphones e tablets. Lembrada dessa vez por quase metade dos brasileiros (45%), soma agora sete vitórias em sete edições.

Seus melhores índices ocorrem na faixa de 35 a 44 anos (54%), na região Norte (54%) e entre quem tem escolaridade até o ensino médio (52%).

Além de celulares com preços direcionados a todas as faixas de consumo, a empresa apresentou bom desempenho no setor premium, que agora conta com aparelhos dobráveis e tecnologia 5G. De acordo com a consultoria GFK, esse segmento é o que mais cresce no Brasil.

"Fazer produtos inovadores não é um processo do dia para a noite, exige volume de recursos e conhecimentos enorme, mas construir uma conexão com o consumidor é diferente", afirma Mario Laffitte, vice-presidente de relações institucionais da Samsung na América Latina. "A emoção é mais forte que a razão, e temos trazido exemplos verdadeiros para nos comunicarmos com o público."

Operadora de TV por Assinatura

A pandemia que se prolongou por mais tempo do que podíamos imaginar trouxe novos hábitos de consumo e devolveu à TV o protagonismo de reunir pessoas para assistir aos mais diversos conteúdos, mesmo a distância, diz André Ribeiro, vice-presidente de marketing e estratégia da Sky.

Aos 25 anos, a marca é campeã histórica do Top of Mind entre as operadoras de TV por assinatura. Com 34% das citações, quatro pontos a menos do que o obtido na edição anterior, levou o troféu pela décima vez.

A Sky investe na otimização da experiência do cliente, oferecendo produtos que se adequam à realidade dos diferentes perfis de consumidor, e em iniciativas de responsabilidade social que beneficiam a população que se encontra em situação de vulnerabilidade.

Em setembro, a marca anunciou parceria com a Confederação Brasileira de Vôlei e a Liga Nacional de Basquete para contribuir com a campanha "Corona no Paredão, Fome Não - A Luta Continua", realizada pela ONG Gerando Falcões.

"Durante os campeonatos nacionais de ambos os esportes, os pontos de cada jogo são transformados em cestas básicas digitais distribuídas para pessoas atendidas pela organização", explica o executivo André Ribeiro.

A campeã atinge percentuais de lembrança acima da média geral na faixa etária de 16 a 24 anos (55%), na região Norte (44%) e no segmento que estudou até o ensino médio (42%).

Operadora de Banda Larga de Internet

A Vivo é a vencedora absoluta nesta categoria, com nove conquistas em 11 edições. Neste ano, foi lembrada espontaneamente por 16% dos entrevistados pelo Datafolha, quatro pontos percentuais a menos do que em 2020.

"Acredito que esse reconhecimento seja resultado do trabalho contínuo que fazemos para levar a digitalização a todo o Brasil por meio dos nossos produtos e serviços." Quem afirma é Marina Daineze, diretora de marca e comunicação da empresa.

"Chegamos com rede de fibra em aproximadamente 300 cidades de todas as regiões do país. Já são, ao menos, 17,3 milhões de domicílios cobertos, na maior rede existente na América Latina", contabiliza a executiva da Vivo.

Na comunicação, a companhia lançou a campanha "Vida Conectada", que reforçou a importância da internet de ultravelocidade dentro ou fora de casa e contou com os embaixadores Ivete Sangalo e Alok.

Os melhores desempenhos da marca como operadora de internet acontecem entre os mais ricos (33%), os mais escolarizados (23%), nas classes A e B (23%) e na região Sudeste (22%).

Operadora de Telefone Celular

Já como operadora de celular, a Vivo voltou a reinar sozinha após empatar com a TIM no ano passado. Com 29% das citações, a marca ocupa o topo do ranking pela 15ª vez consecutiva.

Para a executiva Marina Daineze, a estratégia da empresa de investir em lançamentos que reforçam seu posicionamento como um hub de serviços digitais foi acertada.

Um exemplo é o Vivo Pay, conta digital que permite a realização de diversas transações bancárias pelo aplicativo.

"Tivemos também o lançamento do Vivo Money, serviço de crédito pessoal direcionado a clientes controle, pós-pago e pré-pago, que podem contratar de R$ 500 a R$ 50 mil de forma 100% digital", conta ela.

A marca se destaca entre os mais ricos (45%), na região Sudeste (39%), entre os mais escolarizados (34%) e nas classes A e B (34%).

O índice de desconhecimento de operadoras de celular é baixíssimo no Brasil, o que provavelmente mostra a importância que o serviço ganhou para a população. Apenas 6% dos entrevistados não souberam dizer o nome de uma, segundo o Instituto Datafolha.

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