Risqué completa uma década como Top Feminino

Marca de esmaltes se destaca entre as mulheres há dez anos consecutivos

São Paulo

Diz a lenda que no Egito Antigo, 5.000 A.C., já se usava henna para colorir a ponta dos dedos, prática comum também na Índia. Mas foi só na China, por volta de 3.000 A.C, que algo parecido com o que viria a ser o esmalte tomou forma: uma mistura de clara de ovo, cera de abelha e colágeno, com mais algum ingrediente para dar cor, como pétalas de flores.

Hoje, 5.000 anos depois, a atual fórmula de solvente, resina e plastificante é sucesso global: pessoas do mundo todo usam esmaltes das mais diferentes cores e nuances para enfeitar a ponta dos dedos, movimentando um mercado de US$ 4,5 bilhões (R$ 24,7 bilhões), de acordo com a consultoria Euromonitor International.

Ilustração categoria Top Feminino - revista Top of Mind

Só no Brasil, as vendas anuais somam R$ 2 bilhões, tornando o país o segundo maior mercado da categoria, perdendo apenas para os Estados Unidos. Por aqui, porém, a taxa de crescimento é muito maior do que a global: em 2023, as vendas avançaram 12,9%, contra 4,9% no mundo, segundo a Euromonitor.

É nesse cenário de segmento extremamente popular e de alta demanda, que atinge todas as classes de renda, que a Risqué chega à décima vitória consecutiva no Top Feminino. A categoria especial premia a marca que obtém a maior diferença entre o índice de citação geral ao Datafolha e o recorte por gênero.

A agora decacampeã foi lembrada espontaneamente por 23% dos brasileiros na categoria Esmalte de Unha; entre as mulheres, o índice saltou para 34%.

Criada há 66 anos, a marca da multinacional franco-americana Coty é pródiga em lançar coleções com assinaturas diversas —desde pop stars, como a cantora Iza, até sucessos do streaming, caso da série "Bridgerton", passando por linhas que apelam à memória afetiva (Doritos).

Além de Risqué, a Coty, fundada em 1904, é dona de grandes marcas como Monange e Bozzano. No país, está instalada sua maior fábrica no mundo, em Senador Canedo (GO), adquirida da antiga Hypermarcas.

"Nossas marcas estão em 72% dos lares brasileiros", diz Nicolas Fischer, presidente da Coty para o Brasil e a América Latina. "Temos desde os esmaltes Risqué, de R$ 5, até perfumes de grifes como Gucci, vendidos a R$ 1.000."

Globalmente, a Coty busca se tornar mais verde. Uma de suas metas era aumentar o consumo anual de eletricidade renovável do patamar de 5%, verificado em 2019, para 100% até 2030. Em 2023, 94% da eletricidade gerada para suas fábricas já vinha de fontes renováveis.

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