Top Comunicação tem Vivo, Claro e Sky no topo do pódio

Inovações transformam o mercado, mas as três permanecem na cabeça dos brasileiros conectados

Ana Bizzotto
São Paulo

Ela é quase tão essencial quanto o ar que você respira. Presença constante na rotina de milhões de brasileiros, a conexão digital está logo ali, ao alcance de sua mão, até durante o sono —com o monitoramento online dos dados vitais.

Para se diferenciar em um mercado tão competitivo, as operadoras mais lembradas do Top Comunicação estão investindo na ampliação e diversificação dos serviços. Com foco total na tecnologia, vão além do que já ofereciam e se tornam ainda mais presentes na sua vida.

O índice de desconhecimento de marcas na categoria Operadora de Telefone Celular, por exemplo, despencou de 34% em 2003 —quando estreou na Folha Top of Mind— para 6% neste ano.

Ilustração Top Comunicação
Estúdio Caxa

Vencedora pela 17ª vez, a Vivo recebeu 32% das menções dos entrevistados. Seus melhores desempenhos ocorreram no grupo com renda familiar mensal de 5 a 10 salários mínimos (41%), entre os mais escolarizados (40%), na região Sudeste (40%) e classes A/B (40%).

A base de clientes da empresa atinge 112 milhões de acessos, sendo que 98 milhões vêm da rede móvel. "Hoje, a Vivo se destaca por oferecer a melhor conectividade ao combinar as tecnologias móveis 4G, 4,5G e 5G com fibra", diz Marina Daineze, diretora de marca e comunicação da companhia.

Uma das apostas da operadora está na diversificação de planos —a ideia é atender aos mais diferentes perfis, gostos e necessidades das pessoas. O Vivo Selfie, por exemplo, inclui a assinatura de plataformas de streaming de vídeo e música.

Essas parcerias elevam a proposta de valor da marca e são vantajosas para os clientes, além de inclusivas, observa Daineze. "Ao permitir o pagamento na fatura do celular ou com créditos pré-pagos, clientes sem cartão de crédito podem assinar alguns de seus serviços favoritos."

A intensa competitividade entre as operadoras de telefonia móvel faz com que elas se esforcem para inovar e se destacar, já que a qualidade de conexão é o mínimo esperado pelo consumidor, afirma Marcelo Paganini, professor de comunicação social e administração de empresas da ESPM.

"Dependemos cada vez mais do celular. A gente nem pensa mais nisso, nem percebe o quanto ele está inserido na nossa vida —é como acender a luz", compara. "Esse é um dos segmentos mais difíceis para se diferenciar por ser de uso intensivo. Tem marcas fortes e presentes o tempo todo no dia a dia dos consumidores."

No começo do ano, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) autorizou a incorporação da Oi Móvel por TIM, Vivo e Claro, provocando uma mudança significativa no mercado de telefonia móvel. "Essas empresas tiveram uma grande oportunidade de chegar a lugares onde eram incipientes ou inexistentes. Mas isso também é um desafio, porque estão entrando em mercados em que ninguém as conhece", explica Paganini.

OPERADORA DE INTERNET BANDA LARGA

A Vivo também é Top Operadora de Internet Banda Larga pelo 11º ano consecutivo, com 19% de lembrança na pesquisa Datafolha. Seus índices de destaque vieram das classes A/B (29%), do Sudeste (27%) e entre os mais escolarizados (27%).

A empresa cobre cerca de 24,7 milhões de domicílios com fibra óptica e tem mais de 5,8 milhões de casas e empresas conectadas em 439 cidades brasileiras. Em maio deste ano, inaugurou em São Paulo a Casa Vivo, um espaço de automação para projetos de casa inteligente com dispositivos tradicionais e outros ainda pouco comuns em residências do país.

São mais de 440 m² com ambientes integrados, onde tudo está conectado, de forno e geladeira a drones, de balança de bioimpedância a lâmpadas e até comedouros para os pets.

De acordo com Daineze, o objetivo é mostrar que uma casa inteligente é acessível, ajudando a tornar o sonho de ter ambientes automatizados realidade. "E pode ser do tamanho do bolso de qualquer pessoa", afirma a diretora da empresa.

A queda no percentual de entrevistados que não conhecem o nome de uma operadora de banda larga também chama a atenção: foi de 50% em 2011, ano em que a categoria estreou no Top of Mind, para 24% nesta edição.

CONEXÃO 5G

Pela segunda vez consecutiva, Vivo e Claro vencem a categoria, que começou a ser pesquisada pelo Datafolha no ano passado.

As operadoras foram citadas por 21% e 18% dos entrevistados, respectivamente —empate pela margem de erro do estudo, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A igualdade persistiu no awareness, em que Vivo alcançou 37% e Claro, 36%.

A Vivo se destacou no segmento com renda familiar mensal de 5 a 10 salários mínimos (31%), nas classes A/B (30%) e na faixa etária de 25 a 34 anos (29%). Já a Claro registrou seus melhores desempenhos no Centro-Oeste (25%) e na faixa que ganha mais de 10 mínimos (31%).

Até o início de outubro, a Vivo já tinha ativado a tecnologia de 5ª geração em todas as capitais do país e nas cidades com mais de 500 mil habitantes. A Claro contava com o 5G ativo em 152 municípios brasileiros, incluindo todas as capitais.

"Nosso compromisso com a materialização da tecnologia começou há anos. Certamente nosso DNA de inovação, a busca pela democratização da tecnologia e a qualidade fazem com que os consumidores nos reconheçam como Top Of Mind", diz Ane Lopes, diretora de marca e comunicação da Claro.

O índice de desconhecimento de marcas da categoria caiu de 45%, na edição passada, para 39%. Mas ainda reflete o quanto a tecnologia continua a ser novidade, principalmente para a população de menor renda e escolaridade.

Para Marcelo Paganini, da ESPM, o 5G é uma realidade parcial. "Existe em cerca de 300 cidades, e temos 5.500 municípios. É uma rede nova, tem que começar do zero. Isso significa dinheiro, bilhões de investimento, tempo e uma estrutura que precisa ser montada em um país do nosso tamanho", explica. "Há um esforço das operadoras de se posicionarem porque na hora que conseguirem ampliar a estrutura, já estarão bem colocadas como referência."

OPERADORA DE TV POR ASSINATURA

Líder absoluta da categoria na pesquisa Folha Top of Mind, a Sky se mantém em 1º lugar pela 12ª vez. A marca foi lembrada por 27% dos entrevistados, com índices de destaque na faixa de 16 a 24 anos (38%) e entre os que estudaram até o ensino médio (33%), segundo o Datafolha.

Atualmente, a empresa se posiciona como uma plataforma digital de conteúdo e entretenimento que vai além da TV por assinatura via satélite. André Ribeiro, vice-presidente de marketing e produtos, define a Sky como uma solução prática em meio a tantos serviços, com presença em diferentes momentos — durante uma viagem ou no transporte, acessível por TV, smartphone ou tablet.

"Oferecemos TV paga, streamings, internet, seguro. Entendemos que o brasileiro é múltiplo e diverso, não assiste apenas a um gênero. Por isso, nossos clientes podem flutuar entre o linear e o on demand [sob demanda] de maneira prática", diz o executivo.

Como cada região do Brasil tem seus gostos e necessidades, a empresa investe em produtos, serviços e ofertas específicas, universalizando o acesso ao conteúdo.

A multiplicação das plataformas de streaming torna cada vez mais difícil encontrar, consumir e pagar por todos os serviços, avalia Ribeiro. Por isso, em conjunto com as parcerias oferecidas, os produtos da companhia visam melhorar a experiência das pessoas, agregando conteúdo e faturas de forma fluida.

"As mudanças no perfil do consumidor foram acontecendo de forma gradual. O streaming virou o carro-chefe para atrair o cliente", afirma o professor Marcelo Paganini.

O que empresas como Sky, Claro e Vivo oferecem hoje representa um leque tão grande de possibilidades que fica cada vez mais difícil, para o cliente, viver sem seus serviços. Seria como faltar o ar que ele respira.

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